Nossos cães são mestres em nos alegrar, mas também podem ser muito bons em esconder quando algo não vai bem. É comum nos perguntarmos se sintomas comuns em cachorro escondem doenças graves, pois muitos sinais que consideramos “normais” ou passageiros – um vômito aqui, uma coceira ali, um dia mais quieto – podem ser as primeiras manifestações de problemas sérios. Identificar a diferença entre um sintoma trivial e um sinal de alerta precoce pode fazer toda a diferença no prognóstico e na qualidade de vida do seu melhor amigo.
É uma preocupação constante para qualquer dono dedicado: será que essa mudança sutil é só uma fase ou o início de algo sério? A linha tênue entre o normal e o preocupante pode ser confusa. Sintomas comuns em cachorros podem, infelizmente, mascarar doenças graves, e a capacidade de reconhecer esses sinais precocemente é uma ferramenta poderosa nas suas mãos.
Neste guia completo, vamos desmistificar cinco desses sintomas aparentemente “normais”. Vamos explorar por que eles podem parecer inofensivos à primeira vista, quais doenças graves podem estar escondidas por trás deles, quais sinais específicos devem acender o seu alerta e o que fazer para garantir que seu cão receba o cuidado necessário a tempo. Continue lendo para aprender a “ler” melhor o seu cão e proteger sua saúde.

A Armadilha dos Sintomas “Normais”: Por Que Ignoramos Sinais Importantes?
Antes de mergulharmos nos cinco sintomas específicos, é crucial entender por que é tão fácil negligenciar sinais que, em retrospecto, eram avisos claros. Existem algumas razões principais:
- Variação Individual: Cada cachorro é único. O que é “normal” para um pode não ser para outro. Um cão naturalmente mais quieto pode não levantar suspeitas se ficar um pouco mais letárgico, ao contrário de um cão super ativo.
- Sintomas Intermitentes: Muitos problemas graves começam com sintomas que vão e vêm. Um vômito hoje, nada amanhã; uma coceira que parece melhorar e depois volta. Essa intermitência nos leva a pensar que “não foi nada” ou que o problema se resolveu sozinho.
- Mecanismo de Defesa Canino: Por instinto, cães tendem a esconder sinais de fraqueza ou doença. Isso é uma herança de seus ancestrais selvagens, onde mostrar vulnerabilidade poderia atrair predadores. Seu cão pode estar sofrendo em silêncio.
- Falta de Informação: Nem todo dono sabe exatamente o que procurar ou como identificar que sintomas comuns em cachorro podem indicar doenças graves. Muitas vezes, acreditamos que certos comportamentos são apenas “coisa de cachorro”, ignorando sinais importantes.
- Viés de Normalidade: Temos uma tendência natural a esperar que tudo esteja bem. Podemos inconscientemente minimizar um sintoma para evitar a preocupação ou o custo de uma visita ao veterinário.
Reconhecer essas armadilhas é o primeiro passo para se tornar um observador mais atento e proativo da saúde do seu cão. Agora, vamos aos 5 sintomas que merecem sua atenção redobrada.
1. Vômitos: Sintoma Comum em Cachorro Que Pode Sinalizar Doenças Graves
Por que parece normal?
Qual dono nunca viu seu cachorro vomitar um pouco depois de comer grama, devorar a comida rápido demais ou após uma brincadeira mais agitada? Vômitos esporádicos, especialmente de bile (líquido amarelado) em jejum ou de conteúdo não digerido logo após comer, são frequentemente considerados “normais” ou apenas um “mal-estar passageiro”.
Assumimos que o cão comeu algo que não devia ou que seu estômago está simplesmente sensível naquele dia.

Os Perigos Escondidos (Doenças Graves Possíveis):
Embora um vômito isolado possa não ser nada, é um exemplo clássico de como sintomas comuns em cachorro podem esconder doenças graves. Vômitos frequentes ou acompanhados de outros sinais podem indicar problemas sérios, como:
- Obstrução Gastrointestinal: Ingestão de corpos estranhos (brinquedos, ossos, tecidos) que bloqueiam o estômago ou intestino. Requer intervenção urgente, muitas vezes cirúrgica.
- Pancreatite: Inflamação do pâncreas, uma condição dolorosa e potencialmente fatal, frequentemente desencadeada por alimentos gordurosos, mas também pode ter outras causas. Causa vômitos intensos, dor abdominal, diarreia e letargia.
- Doença Renal (Insuficiência Renal): Os rins doentes não filtram as toxinas do sangue adequadamente, levando ao acúmulo de ureia, que irrita o estômago e causa vômitos, além de aumento da sede, perda de apetite e perda de peso.
- Doença Hepática (Insuficiência Hepática): Problemas no fígado também podem causar vômitos, icterícia (pele e mucosas amareladas), letargia e alterações neurológicas.
- Gastrite ou Gastroenterite: Inflamação do estômago e/ou intestinos, podendo ser causada por infecções (virais, bacterianas), parasitas, alergias alimentares, indiscrição alimentar ou outras doenças.
- Intoxicação: Ingestão de plantas tóxicas, produtos químicos, medicamentos humanos ou alimentos proibidos para cães (chocolate, uvas, etc.).
- Doenças Metabólicas: Como diabetes (especialmente cetoacidose diabética) ou Doença de Addison.
- Câncer: Tumores no trato gastrointestinal ou em outros órgãos podem causar vômitos crônicos.
Sinais de Alerta Específicos para Vômito:
- Frequência: Vômitos que ocorrem mais de uma vez em 24 horas, ou que se repetem por vários dias seguidos, mesmo que esporadicamente.
- Conteúdo do Vômito: Presença de sangue (vivo ou digerido, parecendo borra de café), corpos estranhos, material fecalóide (cheiro de fezes).
- Sintomas Associados: Letargia, fraqueza, perda de apetite, diarreia (especialmente com sangue), dor abdominal (cão fica curvado, reluta em ser tocado na barriga), desidratação (gengivas secas, pele pouco elástica), febre, aumento ou diminuição da sede/micção.
- Tentativas Improdutivas: O cão tenta vomitar, mas nada sai (pode indicar torção gástrica, uma emergência gravíssima).
O Que Fazer?
Um vômito isolado em um cão saudável e ativo pode ser apenas monitorado. No entanto, se qualquer um dos sinais de alerta acima estiver presente, ou se o vômito persistir, procure um veterinário imediatamente. Não tente tratar em casa com medicamentos humanos e não espere para ver se melhora sozinho se houver sinais preocupantes.
2. Coceira Leve a Moderada: Outro sintoma comum que pode esconder Doenças graves no cachorro
Por que parece normal?
Cachorros se coçam. É um comportamento natural para aliviar um incômodo passageiro, remover um pelo solto ou até mesmo por tédio ou ansiedade leve. Uma coçadinha atrás da orelha aqui, uma lambida na pata ali… muitos donos se acostumam com um certo nível de coceira e só se preocupam quando ela se torna incessante ou causa feridas visíveis. Além disso, a primeira suspeita costuma ser pulgas, e se o tratamento antipulgas está em dia, o dono pode relaxar, achando que não é nada demais.

Os Perigos Escondidos (Doenças Graves Possíveis):
Embora pulgas sejam uma causa comum, a coceira (prurido) persistente, mesmo que não pareça extrema, é outro caso onde sintomas comuns em cachorro podem mascarar doenças graves e problemas mais complexos e que afetam significativamente a qualidade de vida do cão:
- Alergias Ambientais (Atopia): Reação a alérgenos presentes no ambiente, como pólen, ácaros, mofo, grama. Causa coceira intensa, principalmente nas patas, rosto, orelhas e barriga, além de infecções de pele e ouvido recorrentes. É uma condição crônica.
- Alergia Alimentar: Reação a algum componente da dieta (geralmente uma proteína). Causa coceira persistente (que pode ocorrer o ano todo), problemas gastrointestinais (vômito, diarreia) e infecções de pele/ouvido.
- Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP): Mesmo uma única picada de pulga pode desencadear uma reação alérgica intensa em cães sensíveis, causando coceira extrema, especialmente na região lombar e base da cauda.
- Infecções de Pele (Piodermite): Infecções bacterianas ou fúngicas (Malassezia) secundárias a alergias, problemas hormonais ou outras condições. Causam coceira, vermelhidão, pústulas, crostas, perda de pelo e odor forte.
- Sarnas:
- Sarna Sarcóptica (Escabiose): Causada por um ácaro altamente contagioso (inclusive para humanos), provoca coceira insuportável, principalmente nas bordas das orelhas, cotovelos e peito, com perda de pelo e crostas.
- Sarna Demodécica (Demodicose): Causada por um ácaro que normalmente vive na pele do cão, mas se prolifera em animais com sistema imunológico comprometido. Causa falhas de pelo, vermelhidão, mas nem sempre coceira intensa (depende da presença de infecção secundária).
- Problemas Hormonais: Doenças como hipotireoidismo ou Síndrome de Cushing podem causar alterações na pele e pelagem, levando a infecções secundárias e coceira.
- Causas Menos Comuns: Doenças autoimunes, parasitas internos que afetam a pele, reações a medicamentos, estresse crônico, dor (o cão lambe excessivamente uma área dolorida).
Sinais de Alerta Específicos para Coceira:
- Persistência: A coceira não melhora ou sempre retorna, mesmo com tratamento antipulgas em dia.
- Intensidade: A coceira atrapalha o sono, as brincadeiras ou a alimentação do cão.
- Localização: Coceira concentrada em áreas específicas (orelhas, patas, barriga, base da cauda).
- Lesões de Pele: Presença de vermelhidão, feridas, crostas, pústulas, descamação, perda de pelo (alopecia), pele espessada ou escurecida.
- Infecções Recorrentes: Infecções de ouvido ou pele que sempre voltam após o tratamento.
- Odor Forte: Cheiro rançoso ou desagradável vindo da pele ou orelhas.
- Outros Sintomas Associados: Vômitos, diarreia (sugere alergia alimentar), letargia, mudanças no apetite ou sede (sugere problemas hormonais).
O Que Fazer?
Se a coceira do seu cachorro é persistente, intensa, causa lesões ou está associada a outros sintomas, agende uma consulta com o veterinário. O diagnóstico da causa da coceira pode ser complexo e exigir exames específicos (raspado de pele, citologia, testes alérgicos, exames de sangue). Tratamentos caseiros raramente resolvem a causa raiz e podem atrasar o diagnóstico correto.
3. Sede e Micção Excessivas: Sintomas Comuns ou Sinais de Doenças Graves em Cães?
Por que parece normal?
É normal um cachorro beber mais água e, consequentemente, fazer mais xixi em dias quentes, após exercícios intensos ou se comer alimentos mais secos. Por isso, um aumento na ingestão de água pode passar despercebido ou ser atribuído a fatores ambientais ou comportamentais. O dono pode simplesmente encher o pote d’água com mais frequência sem se dar conta da mudança real no padrão de consumo do cão.

Os Perigos Escondidos (Doenças Graves Possíveis):
Beber e urinar excessivamente (polidipsia e poliúria) são exemplos claros de sintomas comuns em cachorro que podem indicar doenças graves de origem metabólica ou sistêmica, como:
- Doença Renal (Insuficiência Renal Crônica ou Aguda): Uma das causas mais comuns de PDPU em cães mais velhos. Os rins perdem a capacidade de concentrar a urina, o que leva o cão a urinar mais e, para compensar a perda de líquido, beber mais água. Outros sintomas incluem perda de apetite, vômito, perda de peso, letargia.
- Diabetes Mellitus: Falta de insulina ou incapacidade do corpo de usá-la adequadamente leva ao aumento de açúcar no sangue. O excesso de glicose é eliminado na urina, “puxando” água junto (poliúria), o que causa desidratação e aumento da sede (polidipsia). Outros sinais são aumento do apetite com perda de peso e, em casos avançados, catarata.
- Síndrome de Cushing (Hiperadrenocorticismo): Produção excessiva de cortisol pelas glândulas adrenais. O cortisol em excesso aumenta a sede e a micção. Outros sintomas incluem aumento do apetite, abdômen distendido (“barrigudo”), perda de pelo simétrica, pele fina, fraqueza muscular.
- Doença Hepática (Insuficiência Hepática): Problemas no fígado podem interferir em diversos processos metabólicos, incluindo o balanço hídrico.
- Piometra (Infecção Uterina): Infecção grave no útero de fêmeas não castradas. As toxinas liberadas pelas bactérias afetam a capacidade dos rins de concentrar a urina, causando PDPU, além de secreção vaginal purulenta, febre, letargia e vômito. É uma emergência cirúrgica.
- Hipercalcemia: Níveis elevados de cálcio no sangue (podem ser causados por certos tipos de câncer, doença renal, problemas na paratireoide) também levam a PDPU.
- Diabetes Insipidus: Doença mais rara que afeta a regulação da água pelos rins, causando sede e micção extremas.
- Causas Psicogênicas: Em casos raros, o aumento da sede pode ser comportamental (polidipsia psicogênica), mas é um diagnóstico de exclusão (só considerado após descartar causas médicas).
Sinais de Alerta Específicos para Aumento da Sede/Micção:
- Mudança Notável no Padrão: Você percebe que está enchendo o pote d’água com muito mais frequência do que o normal, sem uma razão óbvia (calor, exercício).
- Urina Diluída: A urina parece muito clara, quase como água.
- Acidentes em Casa: O cachorro começa a urinar dentro de casa, mesmo sendo treinado, ou pede para sair com muito mais frequência, inclusive durante a noite.
- Volume Aumentado: A quantidade de urina em cada micção parece maior.
- Sintomas Associados: Perda ou ganho de peso, alterações no apetite (aumento ou diminuição), vômitos, diarreia, letargia, mudanças na pelagem, abdômen distendido, incontinência urinária.
O Que Fazer?
Se você notar um aumento persistente e inexplicável na quantidade de água que seu cachorro bebe ou na frequência/volume de urina, consulte um veterinário. Este é um sintoma que NUNCA deve ser ignorado. O veterinário realizará exames de sangue e urina para investigar a causa subjacente. Quanto mais cedo a causa for diagnosticada, maiores as chances de um tratamento eficaz.
4. Mudança Comportamental: Sintoma Comum em Cachorro ou Indício de Doenças Graves?
Por que parece normal?
“Ah, ele está só ficando velho”, “Deve estar cansado hoje”, “É só o jeito dele”. Frequentemente atribuímos mudanças graduais no comportamento ou na energia do nosso cão à idade, ao clima, a um dia mais agitado ou simplesmente à sua personalidade. Uma leve diminuição no entusiasmo para passear, dormir um pouco mais, ficar mais “grudento” ou mais recluso podem parecer variações normais.

Os Perigos Escondidos (Doenças Graves Possíveis):
Mudanças sutis, porém persistentes, no comportamento e na energia podem ser os primeiros (e às vezes únicos) sinais de dor crônica ou doenças sistêmicas:
- Dor Crônica:
- Artrose/Doença Articular Degenerativa: Muito comum em cães idosos ou de raças predispostas. A dor nas articulações causa relutância em se mover, dificuldade para levantar, subir escadas ou pular, manqueira (pode ser sutil), diminuição da atividade, irritabilidade ou até agressividade quando tocado em áreas doloridas.
- Doença do Disco Intervertebral (Hérnia de Disco): Causa dor nas costas ou pescoço, levando a relutância em se mover, andar curvado, dificuldade para pular ou latir, tremores.
- Problemas Dentários: Dor de dente ou gengivite podem fazer o cão comer menos, evitar brinquedos de morder, esfregar o rosto ou ficar mais irritadiço.
- Hipotireoidismo: Produção insuficiente de hormônios tireoidianos. Causa letargia, ganho de peso (mesmo sem comer mais), intolerância ao frio, problemas de pele (perda de pelo, infecções), e às vezes, mudanças comportamentais como apatia ou medo.
- Doença Cardíaca: À medida que progride, pode causar intolerância ao exercício, cansaço fácil, respiração ofegante e tosse (especialmente após esforço ou à noite).
- Doenças Neurológicas: Tumores cerebrais, síndrome da disfunção cognitiva (“Alzheimer canino”), epilepsia podem causar mudanças comportamentais como desorientação, andar em círculos, convulsões (mesmo sutis), ansiedade aumentada, alterações no ciclo sono-vigília.
- Anemia: Diminuição dos glóbulos vermelhos causa fraqueza, palidez das mucosas, cansaço fácil e letargia.
- Câncer: Dependendo do tipo e localização, pode causar dor, letargia, perda de apetite, ou mudanças comportamentais específicas.
- Infecções Crônicas: Infecções de baixo grau (urinárias, dentárias, etc.) podem causar mal-estar geral e diminuição da energia.
Sinais de Alerta Específicos para Mudanças Comportamentais/Energia:
- Mudança Persistente: A alteração não é apenas de um dia, mas se mantém por vários dias ou semanas.
- Relutância em Fazer Coisas que Antes Gostava: Não quer mais passear, brincar com o brinquedo favorito, pular no sofá.
- Dificuldade de Mobilidade: Hesitação ou dificuldade para levantar, deitar, subir/descer escadas, pular.
- Alterações no Sono: Dormir muito mais do que o normal, ou inquietação e dificuldade para dormir.
- Mudanças na Interação: Tornar-se mais carente e “grudento”, ou mais isolado e recluso; irritabilidade, rosnar ou tentar morder quando tocado.
- Comportamentos Estranhos: Andar compulsivo, lamber excessivo de uma área, olhar fixo para a parede, desorientação.
- Sintomas Associados: Mesmo que sutis, como respiração ofegante, tosse leve, perda de apetite, alterações no peso.
O Que Fazer?
Não descarte mudanças de comportamento ou energia como “normais” da idade ou personalidade, especialmente se forem persistentes ou progressivas. Observe atentamente e anote as mudanças. Converse com seu veterinário. Ele poderá fazer um exame físico completo, avaliar a mobilidade, solicitar exames de sangue ou imagem para investigar possíveis causas médicas, incluindo dor crônica.
5. Perda de Peso Gradual: Quando “Emagrecer um Pouquinho” é Preocupante
Por que parece normal?
Em um mundo onde a obesidade canina é um problema crescente, muitos donos podem até ver com bons olhos quando seu cachorro “emagrece um pouquinho”, especialmente se ele estava acima do peso. Além disso, se a perda de peso é gradual, ao longo de semanas ou meses, ela pode ser difícil de notar no dia a dia, principalmente em cães de pelagem longa. Podemos atribuir a uma mudança na ração, a um aumento leve na atividade ou simplesmente não perceber.

Os Perigos Escondidos (Doenças Graves Possíveis):
A perda de peso inexplicada, mesmo que gradual, é um sinal de alerta MUITO SÉRIO; talvez um dos exemplos mais críticos de sintomas comuns em cachorro ocultando doenças graves que estão consumindo as reservas do corpo, como
- Câncer (Neoplasia): Muitos tipos de câncer causam perda de peso (caquexia) como um dos primeiros sinais, devido ao aumento do metabolismo tumoral ou à diminuição do apetite.
- Doença Renal Crônica: À medida que a função renal piora, as toxinas se acumulam, causando náuseas, perda de apetite e vômitos, levando à perda de peso progressiva.
- Diabetes Mellitus: Mesmo comendo mais (polifagia), o cão diabético não consegue usar a glicose como energia e começa a quebrar gordura e músculo, resultando em perda de peso.
- Doença Cardíaca Avançada: A insuficiência cardíaca pode levar à perda de massa muscular (caquexia cardíaca) e diminuição do apetite.
- Doenças Gastrointestinais Crônicas:
- Doença Inflamatória Intestinal (DII): Inflamação crônica do intestino que prejudica a absorção de nutrientes.
- Insuficiência Pancreática Exócrina (IPE): O pâncreas não produz enzimas digestivas suficientes, levando à má digestão e má absorção.
- Linfangiectasia: Doença que afeta os vasos linfáticos do intestino, causando perda de proteína.
- Doença Hepática Crônica: O fígado desempenha um papel crucial no metabolismo; doenças crônicas podem levar à perda de peso.
- Infecções Crônicas ou Sistêmicas: Infecções persistentes (como dentárias graves, piometra crônica, infecções fúngicas) podem consumir energia e levar à perda de peso.
- Hipertireoidismo (Raro em Cães): Embora mais comum em gatos, pode ocorrer em cães, causando aumento do metabolismo e perda de peso apesar do aumento do apetite.
- Dor Crônica: Dor persistente pode diminuir o apetite ou aumentar o catabolismo, levando à perda de peso.
Sinais de Alerta Específicos para Perda de Peso:
- Mudança Visível na Condição Corporal: As costelas, coluna ou ossos do quadril se tornam mais proeminentes.
- Roupas ou Coleiras Folgadas: A coleira ou a roupinha do cão ficam visivelmente mais largas.
- Diminuição da Massa Muscular: Perda de volume muscular, especialmente nas coxas ou ao longo da coluna.
- Confirmação na Balança: Pesagens regulares no veterinário (ou em casa, se tiver balança adequada) confirmam a tendência de queda no peso.
- Sintomas Associados: Letargia, fraqueza, perda ou aumento de apetite, vômito, diarreia, aumento da sede/micção, tosse, dificuldade respiratória, dor.
O Que Fazer?
A perda de peso inexplicada NUNCA é normal. Se você suspeitar que seu cachorro está perdendo peso, mesmo que gradualmente, procure o veterinário imediatamente. Pese seu cachorro regularmente para monitorar. O veterinário fará um exame completo e solicitará exames (sangue, urina, imagem) para investigar a causa subjacente. O diagnóstico precoce é vital para o tratamento de muitas das doenças graves que causam perda de peso.
A Importância da Observação Atenta e do Vínculo com Seu Cão
Como vimos, muitos sinais precoces de doenças graves podem ser sutis e facilmente confundidos com comportamentos normais ou alterações passageiras. É aqui que o seu papel como dono se torna ainda mais crucial. Ninguém conhece seu cachorro melhor do que você!
Dedique tempo para observar seu pet diariamente. Preste atenção não apenas aos sinais óbvios, mas também às pequenas mudanças em seus hábitos, apetite, nível de energia, padrão de sono, sede, micção, fezes e comportamento geral. Crie um diário de saúde, se necessário, anotando qualquer alteração que notar.
O forte vínculo que você tem com seu cão permite que você perceba quando algo está “diferente”, mesmo que você não saiba exatamente o quê. Confie na sua intuição. Se algo parece errado, provavelmente vale a pena investigar.
O Papel Insusbtituível do Médico Veterinário
Embora a observação atenta do dono seja o primeiro passo, é fundamental reforçar que apenas um médico veterinário pode diagnosticar corretamente a causa dos sintomas do seu cachorro. Tentar adivinhar ou usar “Dr. Google” pode levar a atrasos perigosos no tratamento ou a diagnósticos incorretos.
As consultas de rotina (check-ups) são essenciais, mesmo para cães aparentemente saudáveis. Nesses check-ups, o veterinário realiza um exame físico completo, pesa o animal, verifica vacinas e pode detectar problemas precocemente, antes mesmo que você note sintomas claros em casa. Além disso, ele pode solicitar exames de sangue e urina de rotina (especialmente em cães idosos) que funcionam como um check-up interno, identificando alterações antes que se tornem graves.
Ao levar seu cão ao veterinário devido a um sintoma, forneça o máximo de informações possível: quando o sintoma começou, a frequência, a intensidade, quaisquer outros sinais associados, mudanças na rotina ou alimentação. Quanto mais detalhes você fornecer, mais fácil será para o veterinário chegar ao diagnóstico correto.
Conclusão: Não Subestime os Sinais – Aja Pela Saúde do Seu Cão!
A saúde do nosso cão é uma das nossas maiores responsabilidades e fontes de preocupação. Aprender a diferenciar entre um comportamento normal e quando sintomas comuns em cachorro podem indicar doenças graves é uma habilidade valiosa para qualquer tutor.
Vômitos ocasionais, coceira leve, aumento da sede, mudanças sutis de comportamento e perda gradual de peso são cinco exemplos claros de sintomas comuns em cachorros que podem esconder problemas graves. Ignorá-los ou atribuí-los a causas triviais pode ter consequências sérias.
Portanto, a mensagem principal é: esteja atento, observe e não hesite em procurar ajuda profissional. O diagnóstico precoce, possibilitado pela sua observação cuidadosa e pela expertise do médico veterinário, é a chave para oferecer ao seu melhor amigo a melhor chance de tratamento, recuperação e uma vida longa e feliz ao seu lado. A saúde do seu pet agradece a sua atenção aos detalhes!